Hoje cedo, bem cedo mesmo, um caminhão pegou fogo na ponte Freguesia do Ó, uma das 831 mil pontes da marginal do Rio Tietê aqui na capitar de SP.
Para ir ao trabalho, eu não pego a marginal. Hoje, não foi diferente, eu não peguei a marginal. Mas levei + uma hora a mais do que o tempo normal que demoro para percorrer o trajeto casa-trabalho. Por causa do tal acidente na Marginal.
A pergunta é: do jeito que está, onde vamos parar?
E claro que a pergunta é retórica, pois já paramos!
Então, como é que fica?
Putz, de novo! Já ficamos, não podemos ficar mais, porque cansou!
Qual deve ser a solução, então? Vamos às opiniões já ouvidas aqui e acolá...
* Vamos de bike pro trabalho? Tá, e o colega que mora no ânus da Zona Leste e trabalha no fiofó da zona Sul? Considerando uma cidade como São Paulo, são algumas horas de pedaladas, percorrendo subidas e descidas... dá para chegar suadão e cansado e ainda passar o dia trabalhando muito e sem um banho antes? Isso sem mencionar a questão básica de segurança... os fora de forma, então, que se virem!
* Morar perto, bem perto, do trampo? Tipo... para poder ir andando ou reduzir o percurso de bike? Depende. Nem todo mundo quer morar longe do papai, da mamãe, do melhor amigo de infância, do namorado, para morar no meio da cidade, só por causa do emprego.
* Comprar um carro ainda maior, claro. Assim, eu passo horas dentro do meu carro, mas pelo menos com todo luxo e conforto que sei que mereço. Carona pros colegas de trabalho? Esquece, cada um no seu quadrado.
* E se todo mundo andasse de moto? Seria o caos total?
* Seria os governos municipal e estadual se virarem para melhorar o transporte público, assim a pobraiada não iria tirar o carro velho de casa pra poluir o trânsito e o ar da cidade todo dia. Sim, porque se eu disser que eu usaria transporte público se tivesse metrô perto da minha casa e e perto do trabalho, que é o que a maioria das pessoas dizem... sorry, seria mentira!
São muitas as ótimas opções, bem como as imensas omissões, de quem mais sofre com a merda que está o trânsito nas grandes cidades. Sempre tem alguém para dizer "Se cada um fizesse um pouquinho", mas em geral quem diz isso não faz o tal pouquinho, ou seja, ninguém dá o primeiro passo. E se há exceção à regra, ela é massacrada: veja os busões lotados e os malditos motoristas desses ônibus que ignoram o esfoço de seus passageiros; o absurdo que os ciclistas passam quando tentam se aventurar pelas ruas da cidade, a insegurança de quem anda a pé, de ônibus, de bicicleta, de moto, até de carro, enfim...
Complexo.
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Eu sou adepto ao morar perto do serviço. Não ligo de largar pai, mãe ou amigos para lá, mas mesmo assim não rola.
A minha namorada trabalha no extremo Zona Leste. Eu trabalho no extremo Zona Sul. Se a gente casar, vamos morar onde? E se eu alugar uma casa do lado do serviço e perder o emprego, o que faço com o contrato de 30 meses?
Eu acho que o transporte público resolveria se ele fosse não só eficiente, mas barato. Eu gasto bem menos dinheiro vindo trabalhar de carro do que de ônibus. Não é nada agradável ficar o dobro do tempo no trânsito, em pé dentro de um ônibus e ainda pagar mais caro.