Hoje, quando leio/vejo/ouço/engulo sobre as olimpíadas, sabem qual é a boa notícia que entendo de tais notícias?
É que o quanto mais perto estamos do início dos jogos, significa que mais perto estamos também de seu TÉRMINO.
E que queime na pira olímpica o tal de espírito esportivo/olímpico, que na verdade não existe nem aqui nem na China, nunca existiu em lugar nenhum, mas tem sempre um chato querendo convencer de que o esporte é isso.
Claro que achei lindo o boicote às olimpíadas de 1936 (que deveria, sim, acontecer em relação à China neste ano), excelente o protesto dos panteras negras nos anos 70 (que também deveria acontecer em relação ao Tibet neste ano), claro que achei ótimo os esportistas coreanos de mãos dadas na abertura dos jogos em 2004, e etc etc etc. Não se trata de espírito olímpico nem esportivo, uma pinóia, e sim de noção de realidade, necessidade de mostrar ao mundo que nem tudo são louros.
No final das contas, os jogos até servem para a demonstração de alguma mobilização política por parte dos esportistas que, por mais fodões que sejam, não são celebridades e não, necessariamente, representam os ideais sociais e/ou políticos de seus países de origem - e em momentos bastante específicos demonstram que, nesses lugares, o que acontece não é o que a mídia mostra ou a população aprova. E é justamente quando esse lado crítico surge que a coisa se torna de fato interessante...
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